AGOSTINHO BATISTA DE FREITAS

A exposição Agostinho Batista de Freitas debruçou-se sobre a obra do artista autodidata, destacando as vistas de São Paulo que produziu numerosamente ao longo de anos. A mostra foi dedicada a Pietro Maria Bardi, um dos principais responsáveis pelo reconhecimento nacional e internacional de Freitas.

Com curadoria de Eugenia Gorini Esmeraldo, a mostra destacou a produção do artista na construção de vistas de São Paulo em ambientes e períodos distintos. Monumentos como esculturas, igrejas e marcos arquitetônicos foram motivos comuns de sua obra. Residente do Imirim, a região foi objeto de diversas de suas pinturas e, assim, a cidade é representada não apenas por seus símbolos arquitetônicos, mas também pelo ambiente mais íntimo dos bairros.

O Instituto Bardi / Casa de Vidro colaborou com a exposição por meio do empréstimo de uma obra de seu acervo, Enchente na Vila Maria. A pequena pintura foi presenteada por Pietro Maria Bardi à sua esposa, Lina Bo Bardi, em 1955. Bardi foi essencial ao reconhecimento do artista, apresentando sua produção nos circuitos de arte erudita após conhecê-lo em 1952, produzindo e vendendo suas obras nas calçadas do centro histórico de São Paulo. Além disso, anos mais tarde, em 1966, Pietro Maria Bardi foi responsável pela nomeação de Agostinho para compor a representação brasileira na Bienal de Veneza.