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Para ficar por dentro da programação completa, visite o site da 34ª Bienal de São Paulo.

TRAJAL HARRELL NA CASA DE VIDRO – 34ª BIENAL DE SÃO PAULO

08 SETEMBRO 2021

No último sábado, dia 04 de setembro, o Instituto Bardi/Casa de Vidro recebeu a performance “The Untitled Still Life Collection”, do coreógrafo norte-americano Trajal Harrell (1973, Georgia, EUA).

Harrell problematiza, em suas obras, a história, construção e interpretação da dança contemporânea. Seu trabalho foi apresentado em festivais na Europa, Canadá e Brasil, e espaços como The Kitchen (Nova York, EUA), Walker Art Center (Minneapolis, EUA) e REDCAT (Los Angeles, EUA), entre outros. Realizou performances no contexto das artes visuais em instituições como MoMA, MoMA PS1, The New Museum e The Bronx Museum (Nova York, EUA), Fondation Cartier pour L’art Contemporain (Paris, França), Centre Pompidou-Metz (Metz, França) e Fundação de Serralves (Porto, Portugal).

“Em suas coreografias, Trajal Harrell combina referências da história da dança, principalmente da vanguarda estadounidense dos anos 1960, com elementos e movimentos procedentes de outros contextos e histórias, como o voguing, o hoochie koochie e o butô. Nesses encontros inéditos e extremamente férteis, revelam-se conexões entre campos distintos das artes performáticas, ao passo que corpos, identidades e vozes que destoam da narrativa convencional da dança contemporânea ganham visibilidade. Harrell constrói, assim, um corpus único, marcado exatamente por esse caráter híbrido e rizomático, provocando o espectador a imaginar histórias alternativas da dança.

Twenty Looks or Paris is Burning at the Judson Church [Vinte olhares ou Paris está queimando na Judson Church] (2009 – 2013), o conjunto de peças que tornou Harrell conhecido, parte de dois distintos cenários de Nova York nos anos 1960: o Judson Dance Theater, grupo que se apresentava na Judson Memorial Church, na Washington Square, e os bailes de voguing do Harlem. O Judson Dance Theater, ativo entre 1962 e 1966, reunia dançarinos, compositores e artistas visuais para experimentações que, posteriormente, culminariam na criação do que se denomina dança pós-moderna. Já no Harlem, no mesmo período, surge o voguing, uma competição de dança organizada em bailes da comunidade LGBT afro-americana, que se apropria do vocabulário da moda e de Hollywood. O ciclo de performances de Harrell surge de uma pergunta provocatória: o que aconteceria se, em 1963, alguém do voguing, do Harlem, fosse ao Greenwich Village para se apresentar na Judson Church? Ou se ocorresse o cenário contrário? Nesse improvável intercâmbio, recolocam-se e confrontam-se duas experiências de profunda ruptura com o status quo dominante à época: a dança pós-moderna, na qual as coreografias são frequentemente construídas a partir de gestos cotidianos e aparentemente banais, e o voguing, marcado por uma hiper-performatividade barroca e afirmativa de gêneros e raças orgulhosamente opostos à heteronormatividade patriarcal.” [1]

[1] Texto de divulgação do evento da 34ª Bienal de São Paulo

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