RAFAEL E A DEFINIÇÃO DA BELEZA: DA DIVINA PROPORÇÃO À GRAÇA

Em Rafael e a definição da beleza: Da Divina Proporção à graça, foram reunidas importantes obras de origem italiana que, direta ou indiretamente, se aproximaram ou foram legatárias da produção de Rafael. A mostra antecipou a comemoração dos 500 anos da morte do artista (1483-1520).

A exposição apresentada no Centro Cultural FIESP, contou com curadoria de Elisa Byington e dedicou-se à análise da transformação paradigmática do conceito de beleza ocorrida nas primeiras décadas do século XVI. Naquele período, a beleza, anteriormente associada ao cânone, passa a reconhecer a apreciação subjetiva, baseada em elementos como elegância e naturalidade. Este novo entendimento sobre a beleza, denominada “graça”, teve Rafael como seu mais célebre representante. Além de pinturas do artista, a exposição foi composta por livros raros da época, gravuras de seu ateliê e obras de diversos pintores de seu entorno imediato ou não.

O Instituto Bardi / Casa de Vidro colaborou com o empréstimo de uma importante obra de seu acervo, a Sagrada Família com São João Batista e um anjo. Adquirida do Marquês Cattaneo pelo casal Bardi e atribuída ao círculo de Andrea del Brescianino, a pintura é datada entre 1525 e 1530. Esta obra foi inserida na exposição em seu último módulo, dedicado à Difusão da Maneira, eixo dedicado a artistas que foram influenciados ou se inspiraram em Rafael e seu estilo.