AGOSTINHO BATISTA DE FREITAS

A mostra Agostinho Batista de Freitas dedicou-se à obra do artista autodidata e de origem humilde que foi introduzido no circuito artístico por Pietro Maria Bardi nos anos à frente da direção do MASP. A exposição partiu de um entrelaçamento de narrativas e empenhou-se em renovar o reconhecimento de produções desta natureza no meio dito erudito.

Com mais de 70 obras, a exposição Agostinho Batista de Freitas destacou a prolífica produção do artista na construção de representações da cidade de São Paulo. Produzidas entre as décadas de 1950 e 1990, as pinturas selecionadas apresentaram grande diversidade de composições e temas. Importantes edifícios, incluindo o MASP, grandes vias do centro histórico ou humildes ruas da zona norte de São Paulo foram alguns dos motivos abordados em sua obra, a qual não se limita à representação dos espaços da cidade, mas também se presta ao retrato de seus habitantes. Fizeram parte da mostra pinturas de cenas do cotidiano e de diversas situações de natureza coletiva, como viagens, festas e manifestações religiosas.

O reconhecimento que Agostinho Batista de Freitas recebe hoje é legatário dos esforços de Pietro Maria Bardi, o qual encontrou o artista pintando e comercializando suas obras nas calçadas de São Paulo e convidou-o para a realização de sua primeira exposição individual. Desta relação profissional e de amizade entre as duas figuras, resulta uma pequena pintura do artista que compõe a coleção do casal Bardi e que fez parte desta exposição.

Fotos: © Eduardo Ortega, © Jorge Bastos